27 de ago. de 2013

Já ouviu falar em exoplastia?


Para quem ainda não tem uma técnica de alisamento para chamar de sua, seja porque morre de medo do formol ou não encontrou nenhuma que deixasse o efeito liso natural, a exoplastia pode ser uma esperança. O tratamento, que tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está sendo usado desde o início do ano em alguns salões de beleza, inclusive os frequentados por celebridades, foi desenvolvido pelo cirurgião plástico Ricardo Kacowicz, de Barueri (SP), em parceria com o seu pai, José Kacowicz, que durante mais de 20 anos desenvolveu cosméticos para a pele. "Foi ele quem tem teve ideia de reduzir ao máximo o tamanho da molécula de colágeno e carregá-la com íons positivos antes de aplicar na fibra capilar", conta o médico.

Assim nasceu o exovitin, um ativo que promete penetrar nas escamas do fio e se ligar às proteínas naturais do cabelo modificando seu formato. "Antes dele testamos várias substâncias, mas os efeitos não eram satisfatórios. Já com o exovitin percebemos que o resultado é cumulativo, ou seja, a cada aplicação o cabelo fica mais liso", diz Ricardo Kacowicz.

Opinião de quem testou
Antes de anunciar a novidade para as clientes, a cabeleireira e cosmetóloga Cris Dios, do salão Laces and Hair, em São Paulo, conta que experimentou a exoplastia por seis meses em vários tipos de cabelo. "Realmente, o fio fica liso, macio e saudável. No entanto, como o poder de alisamento da técnica não é tão forte, quem é cacheada ou crespa não vai ter resultado na primeira aplicação, que pode ser repetida a cada dois ou quatro meses", diz a especialista. "Outra desvantagem é o pH ácido, que interfere na pigmentação do cabelo. Daí a recomendação de fazer primeiro o alisamento e, depois, a tintura", completa Cris.

O cabeleireiro Charles Veiyga, do salão C.Kamura, em São Paulo, é outro que aprovou a técnica. "Além do cabelo ficar liso e com movimento, a exoplastia não libera fumaça na hora da escovação e não tem cheiro desagradável", afirma. Essa mesma vantagem foi apontada pela produtora executiva Nathalia Gladek, 30 anos, de Barueri (SP), que fez a primeira exoplastia em junho. "Duas coisas chamaram minha atenção: primeiro, que meus olhos não arderam nem lacrimejarem durante o tratamento, e, segundo, que meu cabelo não só ficou liso como também mais hidratado e com muito menos frizz e pontas duplas", comemora Nathalia.

Para o investimento durar mais
Boa parte da aplicação da exoplastia é feita no lavatório: após a lavagem da cabeça, o alisante à base de colágeno é aplicado mecha a mecha, seguido de uma massagem. Após meia hora o cabelo é lavado e a cliente vai para a cadeira. Lá, a umidade é retirada com a ajuda do secador e só depois o cabeleireiro faz a escova e, por último, passa a chapinha 12 vezes em cada mecha.

Segundo o fabricante, a exoplastia é indicada para todos os tipos de cabelo, exceto os muito danificados. "Nesse caso é recomendável fazer uma reconstrução capilar antes para reestabelecer as ligações proteicas do fio", avisa o cirurgião plástico Ricardo Kacowicz. Quem tem sensibilidade no couro cabeludo também pode fazer, mas é esperado que sinta um ligeiro desconforto, igual ao provocado pela tintura.

As hidratações profundas também são bem-vindas, mesmo que o cabelo esteja com aspecto saudável. "O tratamento, se agendado a cada 15 ou 30 dias no salão, valoriza o alisamento", lembra Cris Dios, que recomenda ainda dar um tempo no xampu de limpeza profunda que, por ter pH alcalino, dilata a fibra capilar e reduz a durabilidade do alisamento. O preço da técnica varia de R$ 300 a R$ 900, dependendo do tamanho do cabelo e do salão.

A produtora executiva Nathalia Gladek, 30 anos, de Barueri (SP), que fez a primeira exoplastia em junho.

Fonte: UOL

Comentrios
0 Comentrios

0 comentários:

Postar um comentário